A Arca dos Contos é um jogo de cartas inspirado no imaginário dos contos tradicionais e foi estudado de modo a estimular a criatividade e o gosto pela leitura e pela escrita.
Não é apenas destinado a crianças entre os 7 e os 12/13 anos, mas também a pais, educadores, professores, psicólogos e terapeutas.
O jogo é composto por 77 cartas (44 com ilustrações e 33 com palavras), divididas em 7 grupos:
- personagens humanas;
- personagens animais;
- objectos mágicos;
- espaços;
- palavras-chave;
- verbos;
- adjectivos.
Durante toda a nossa vida, contamos histórias, umas verdadeiras, outras inventadas. Contamos o que nos aconteceu e o que aconteceu aos outros. Contamos o que gostaríamos de ver realizado e o que não gostaríamos que nos acontecesse. Contamos o que sonhámos e com que sonhamos; as aventuras que vivemos e as que gostaríamos de viver; o que vimos e ouvimos; o que lemos e o que os outros nos leram; o que pensamos e sentimos. Contamos as coisas boas e as menos boas. Contamos e recontamos histórias passadas, acrescentando ou omitindo dados, apropriando-nos das histórias, enfeitando-as, emprestando-lhes muito da nossa imaginação e criatividade. Criamos mundos e personagens e brincamos com o tempo, alongando ou encurtando a acção a nosso belo prazer. Somos heróis e heroínas ou ladrões e vilãs… Tudo nos é permitido no mundo das histórias, basta apelarmos à criatividade, à fantasia que habita em cada um de nós.
Nada aparece a partir do nada, a partir do vazio: a criatividade estimula-se, desenvolve-se, pratica-se… É preciso por vezes estimular o imaginário das nossas crianças. E é aqui que entra este jogo! Quantas vezes ouço os meus alunos dizerem que não têm imaginação, que não sabem sobre o que escrever, quando lhes peço um texto livre…
Ao abrir este jogo deparei-me com uma “arca” cheia de tesouros e segredos por desvendar. Há um sem número de possibilidades, de ingredientes que permitem criar uma quantidade de mundos, de histórias. Umas cartas apresentam imagens, outras palavras. Através das imagens e das palavras que vão aparecendo, as crianças constroem mundos. Os desenhos são chamativos e cativam desde logo os “jogadores”, pondo de imediato a sua imaginação a trabalhar. Com as palavras criam-se as histórias, atribuem-se qualidades e poderes às personagens, nascem heróis destemidos, príncipes encantados, belas princesas e vilões poderosos… A beleza das imagens, as suas cores, o seu poder de sugestão aliado à força das palavras transformam as nossas crianças em grandes contadores de histórias.
Foi a partir deste jogo que este ano iniciei o estudo do texto narrativo, mais precisamente o conto tradicional. Os alunos adoraram o jogo e produziram, em grupo, histórias fascinantes. O fascínio pelos jogos de cartas e o aparente aspecto lúdico das aulas atraíram desde logo os alunos. A verdade é que a jogar, a brincar, criaram contos populares.
A partir de sete cartas, os alunos têm de construir um conto. A história tem de obedecer à estrutura dos contos tradicionais: fórmula inicial (começando por “Era uma vez…”, “No tempo em que os animais falavam”, “Há muito, muito tempo…” ou outra); fórmula final (“… e viveram felizes para sempre…” ou outra). Deve ter também em conta as sete cartas escolhidas; usar repetições de acções, de frases ou de palavras que ajudem a criar o ritmo característico do conto popular; privilegiar a acção.
Os alunos são colocados em grupos, distribuem-se as cartas. Estas devem ser muito bem estudadas pelos elementos de trabalho. Todos escrevem o que as várias cartas lhes sugerem e só depois partilham as várias associações que as cartas desencadearam, de modo a criar uma linha comum a partir das várias ideias. A seguir, devem organizar as várias ideias e começar a redigir a história. Os alunos, colocam-se, quase sempre, dentro da pele das várias personagens que lhes couberam, o que torna a sua história mais fascinante. Por vezes, zangam-se, quando o desfecho não pode ser, devido às cartas, aquele que gostariam.
As cartas apresentam aos alunos sete “ingredientes”:
- personagens humanas e animais (os alunos têm de escolher quais as principais, secundárias ou ainda figurantes);
- o espaço em que se desenrola a acção;
- um objecto mágico (que poderá ajudar o herói ou então dificultar-lhe a vida);
- o verbo que define a acção principal do conto;
- o adjectivo que caracteriza a personagem, o espaço…
- a palavra-chave que poderá alterar o desfecho da história, o desenrolar dos acontecimentos ou que poderá estar sempre presente no conto desde o seu início até à sua conclusão.
Pronto! Deixo-vos esta sugestão: que tal jogarem com os vossos filhotes este jogo, tenho a certeza que todos se vão divertir grandemente.
Pudim de leite de coco
Para o caramelo:
200g de açúcar
2 colheres de sopa de água
Para o pudim:
300g de açúcar
1 colher de sopa de farinha maisena
3 dl de leite meio-gordo
4 dl de leite de coco
1 casca de limão
1 pau de canela
10 ovos inteiros
2 gemas
Ligue o forno a 180º.
Adicione também o leite onde dissolveu a farinha e mexa bem.
Trabalhinhos:


Levem-nos! São para vós que por aqui passam, deixando sempre uma palavrinha amiga.