Estava tudo bem-disposto, sorridente...
Conversámos, cavaqueámos... rimos, sorrimos... debicámos, petiscámos, comemos... bebericámos, decilitrámos, bebemos...
Que carinhas sérias! (Eu disse que rimos e sorrimos, tristezas não pagam dívidas nem o jantarinho, por isso toca a mudar de semblante, amigos!)
Hum, esta azeitoninha tem cá um sabor!
Estou à procura do telemóvel, não estou a guardar nenhuma azeitoninha na mala.
Se queres saber o que estamos a lambiscar, vem até cá! Se queres saber quem veio ao jantar, vem até aqui!
Deixa-me pôr em pose! Assim... mais descontraída... assim, como quem não quer a coisa...
Só fico bem, quando me apanham desprevenida!
Com um sorriso de orelha a orelha! Com um brilhozinho nos olhos! Com um sorriso mais contido!
Houve quem chegasse corado (por causa do frio, claro!) e quem saísse corado (devido ao calor, evidentemente!)
Eis as iguarias: Bacalhau com espinafres...
Que gulosa! Reparem na carinha de inocente da Lina, parece que nem é ela que vai comer este docinho!
Não sei se ria se chore! Lá se vai a linha!
Tens toda a razão, amigo, nos tempos que correm...
Encontrei este texto aqui e não pude deixar de o trazer!
Os patos preferem a escola
"O TEMPO em que os animais falavam, os bichos constataram que o meio em que viviam começava a tornar-se cada vez mais complexo e havia que impor novas hierarquias, estabelecer novos parâmetros de comportamento, uma vez que já não chegavam os seus instintos inatos para enfrentar as modificações do meio. Esta necessidade deu lugar à ideia de ESCOLA: uma estrutura social, que os habilitaria, A TODOS, para enfrentar as crescentes modificações a que assistiam. Foram escolhidos os melhores animais para a docência, isto é, os reconhecidos como mais experientes, alta profissionalização nos seus domínios específicos, grandes títulos em competições. O reconhecimento destas qualificações envaideceu-os, naturalmente, e a maioria esqueceu, desde logo, a razão por que estava ali. Com muitas reuniões gerais de professores, muitas reuniões de grupo, reuniões de conselho pedagógico, de departamento, de secções, reuniões de conselho executivo, etc.… escolheram o seguinte currículo: Nadar, Correr, Voar, Galgar montes e Saltar obstáculos.
Os primeiros alunos foram o Cisne, o Pato, o Coelho e o Gato.
Começadas as aulas, cada professor, altamente preocupado com a sua disciplina, preparava e dava primorosamente a matéria, sem perder tempo, procurando cumprir o programa e a planificação do mesmo. Faziam, assim jus aos seus títulos e competências. Mas os alunos iam-se desencantando com a tão sonhada escola. Vejam o caso particular de cada aluno:
· O Cisne, nas aulas de correr, voar e galgar montes era um péssimo aluno. E mesmo quando se esforçava, ao ponto de ficar com as patas ensanguentadas das corridas e calos nas asas, adquiridos na ânsia de voar, tinha notas más. O pior era que, com o esforço e desgaste psicológico despendido nessas disciplinas, estava a enfraquecer na natação, em que era o máximo.
· O Coelho, por sua vez padecia nas matérias de nadar e voar. Como poderia voar se não tinha asas? Em se tratando de nadar, a coisa também não era fácil não tinha nascido para aquilo. Em contrapartida, ninguém melhor do que ele, corria e galgava montes.
· O Gato tinha problemas idênticos aos do coelho, nas disciplinas de natação e voo. Ele bem insistia com o professor que, se o deixasse voar de cima para baixo, ainda poderia ter êxito. Só que o professor não aceitava essa ideia louca: não estava contemplada no programa aprovado e o critério de selecção era igual para todos.
· O Pato, finalmente, voava um pouquinho, corria mais ou menos, nadava bem mas muito pior do que o cisne, e desastradamente, embora com algum desembaraço, até conseguia subir montes e saltar obstáculos. Não tinha reprovações a nenhuma disciplina, como os seus restantes colegas o que o fazia sumamente brilhante nas pautas finais.
Os professores consideraram-no o aluno mais equilibrado, deram-lhe a possibilidade de prosseguir estudos e, com tantos “atributos”, até fomentaram nele a esperança de um dia, poder vir a ser professor.
Os restantes alunos estavam inconformados. Nada tinham contra o pato, gostavam dele, compreendiam o seu grau mínimo de suficiência a todas as disciplinas, mas, perguntavam-se: a espantosa capacidade do Coelho em saltar obstáculos, correr e galgar montes não poderia ser aproveitada para enfrentar as tais novas situações sociais, que os levaram a ter a ideia de ESCOLA? E o Gato? De nada lhe serviria correr e saltar melhor do que o Pato? E que utilidade teria, para o Cisne, nadar como nenhum outro? Cada um tinha, de facto, a sua queixa justificada. A escola, pensavam eles, era o local onde aperfeiçoariam as capacidades que tinham, de modo a pô-las ao serviço da sociedade. Se as coisas já estavam difíceis, que fazer agora com a tremenda frustração de não servirem para nada? Foram falar com os professores. As limitações de cada um eram um facto, eles sabiam que jamais seriam polivalentes, de modo a terem grandes escolhas. Contudo, se reprovassem no ano seguinte estariam exactamente na mesma situação.
Os professores lamentaram muito. Havia um programa, superiormente estabelecido e a questão era só esta: ninguém tinha média igual à do Pato e, por isso, na sua mediocridade, ele era, estatisticamente superior a todos.
Os outros alunos abandonaram a escola. Desde então por razões óbvias a escola atrai mais os patos e, na sociedade, são eles que dominam."
in Noesis, nº20
Trabalhinhos:
3 comentários:
Como é bom poder reunir os amigos dessa forma...
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
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Olá
Hummmm...que belo convívio!
A ementa era bem variada. Ficáva-me pelos choquinhos e claro ,uma sobremesa!
Adorei o texto. Certíssimo!
Bjs.
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