Vale a pena ler este texto!
Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá! camaradas Sócrates…Olá! Armando Vara…), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido.
Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.
Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado.
Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade.
Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Clara Ferreira Alves - "Expresso"
A corrente tradicional da lírica camoniana
Camões, apesar de ter sido marcado pelo Renascimento, não rompeu com a velha tradição da lírica galaico-portuguesa.
“A novidade da sua obra não se constitui em ruptura, mas sim na continuidade e no aproveitamento de toda a tradição medieval peninsular, o que aliás é característico da maioria das manifestações do Renascimento Português.” (In Matos, M. Vitalina, A Lírica de Luís de Camões, Ed. Comunicação, 1981)
A influência tradicional na lírica de Camões é visível no aproveitamento dos temas trovadorescos e das formas da poesia palaciana.
Poesia Trovadoresca
A poesia trovadoresca galego-portuguesa designa o lirismo desenvolvido na área galaico-portuguesa entre finais do século XII e meados do século XIV e recolhido fundamentalmente nas compilações Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional, num total de cerca de 1680 cantigas, de 160 autores, trovadores, jograis ou segréis, cultores dos três géneros tradicionais, em que se divide o lirismo galego-português, as cantigas de amigo, as cantigas de amor e as cantigas de escárnio e maldizer, parcialmente teorizados na "Arte de Trovar" incluída no Cancioneiro da Biblioteca Nacional. (In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2005)
Poesia Palaciana
A poesia palaciana designa a poesia legada pelo Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, dado o seu local de produção: a corte. Desenvolvida por e para cortesãos, esta arte de trovar assume uma função lúdica e de convívio social. Destinada a acompanhar os serões na corte, integra jogos, adivinhas, chacotas colectivas, representações, e distingue-se formalmente pelo culto da engenhosidade, pela busca do virtuosismo versificatório, manifestados na exploração de acrósticos, enigmas, antíteses, jogos de palavras. Privilegiando a temática amorosa, esta arte de trovar é também o suporte de uma arte de amar herdeira do amor cortês, que reitera até ao infinito a dor de amar, a morte de amor, os paradoxos do serviço amoroso, numa linguagem poética abstracta, mais silogística que imagética. Primando pela variedade de temas e géneros, a poesia palaciana testemunha o gosto pela poesia satírica; integra o panegírico régio, sobretudo através do pranto fúnebre; a crítica social formulada muitas vezes em epístolas que opõem tematicamente a vida do campo aos constrangimentos da vida cortesã; e, em menor proporção, o louvor religioso. (In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2005)
Corrente tradicional
(a influência dos temas da poesia trovadoresca e das formas de poesia palaciana)
Os temas:
- A saudade.
- O sofrimento amoroso.
- O tema da donzela que vai à fonte.
- O ambiente Pastoril.
- O ambiente Cortesão.
- O humorismo.
O verso:
medida velha - uso do verso de 5 sílabas métricas (redondilha menor) e de 7 (redondilha maior).
A variedade estrófica:
- o vilancete,
- a cantiga,
- a esparsa,
- a trova,
- a endecha.
Trabalhinhos:
Lanche rápido
salsichas
fatias de queijo
Bom apetite!
9 comentários:
Mena linda,
A justiça parece que esqueceu do mundo e todos estamos ao léu, vivendo até mesmo com medo de respirar por causa de situações assim. Lastimável isso tudo e o seu texto está maravilhoso.
Beijo imenso, menina querida do meu coração.
Rebeca
-
Olá Mena: sobre a Blogagem da Aldeia,esteja à vontade.Se tiver tempo,fazemos gosto em que participe.Se nao der,pode sempre participar lendo e comentando os textos a partir do dia 10/03.Há só um limite: é de tamanho:máximo de 25 linhas (claro que se escrever 30,aceitamos na mesma :) )
Li o seu post sobre o texto da Justiça em Portugal.Pois,ela é utópica,de facto.O português aceita tudo,deixa-se fazer,nao se revolta,cala-se de medo ou de suborno.É pior que triste...
Jocas gordas
Lena
P.S.:Ai esse lanchinho de queijo (minha perdiçao) seria bem bom agora no pequeno-almoço das 10h.
Olá,
já por aqui não passava à um tempinho, vim ver as novidades.
Bjinhos.
Olá querida.
É este o mundo em que vivemos, infelizmente!
Adorei a kitty e os pastéis parecem deliciosos!
Bjs e boa semana!
M. Céu
Olá Mena
Começo por retribuir o abraça.
Um grito de alerta lançado por Clara Ferreira Alves, que nada mudará neste Portugal de "encolher de ombros".
Fico à espera de ver o paninho da tua mãe, bordado!
A renda é LINDA!
Dá-lhe os meus parabéns!
Bjs.
Lisa
Olá Mena
Começo por retribuir o abraça.
Um grito de alerta lançado por Clara Ferreira Alves, que nada mudará neste Portugal de "encolher de ombros".
Fico à espera de ver o paninho da tua mãe, bordado!
A renda é LINDA!
Dá-lhe os meus parabéns!
Bjs.
Lisa
boa tarde,td bem?
hummmm, é verdade estamos mesmo á deriva...
não sei onde isto vai parar...
adorei o paninho da tua mamã...
fico aguardar a próxima etapa...
o porta-chaves da tua 'aluna' também é muito giro,parabéns.
fica bem,jinhos***
Oi Mena!!!
É me parece que todos os povos estão a sofrer com seu governos.
Dê meus parabéns para a MAma, lindo croche.
Bjks
Sonia
Bom amiga, nem sei por onde começar.
Tudo o que a Clara Ferreira Alves escreve, infelizmente é o dia a dia de muitos países, não só em Portugal.
A corrupção e o compadrio é uma doença contagiosa.
Para a qual infelizmente não há cura à vista!
Gostei muito do trabalhinho.
A barra de renda está linda.
E este lanchinho a esta hora vinha mesmo a calhar.
Jinhos amiga e bom fim de semana
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