Exposição sobre a grande fadista Amália Rodrigues, intitulada "Perfeito Coração".
A lírica camoniana
A mudança
A mudança
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Podes encontrar outra análise deste soneto aqui!
A mudança
Este soneto tem como tema um motivo tipicamente renascentista, de raiz greco-latina, a mudança. Repara nos vocábulos que remetem para a ideia de mudança: formas verbais (se muda, mudam-se, muda-se, mudar-se, converte); nomes (novidades, mudança); adjectivos (diferentes, novas).
A ideia de mudança contínua e irreversível é sugerida através de mecanismos, como:
- a repetição do verbo "mudar" e de palavras suas cognatas (aquelas que apresentam o mesmo radical);
- a estrutura paralelística ("Mudam-se..., mudam-se..., /muda-se..., muda-se...,);
- o vocabulário relacionado com a mudança.
A UNIVERSALIDADE
A mudança é apresentada como uma característica universal e, para provar esta universalidade, o sujeito poético refere os vários domínios por ela afectados:
no Mundo
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
no Homem
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.
na Natureza
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
no sujeito poético
e, em mim, converte em choro o doce canto.
O PESSIMISMOA ideia de mudança contínua e irreversível é sugerida através de mecanismos, como:
- a repetição do verbo "mudar" e de palavras suas cognatas (aquelas que apresentam o mesmo radical);
- a estrutura paralelística ("Mudam-se..., mudam-se..., /muda-se..., muda-se...,);
- o vocabulário relacionado com a mudança.
A UNIVERSALIDADE
A mudança é apresentada como uma característica universal e, para provar esta universalidade, o sujeito poético refere os vários domínios por ela afectados:
no Mundo
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
no Homem
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.
na Natureza
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
no sujeito poético
e, em mim, converte em choro o doce canto.
Nas duas quadras e no primeiro terceto há uma referência à mudança no Mundo, no Homem, na Natureza e no próprio sujeito poético.
Podemos considerar que o sujeito poético perspectiva quase toda a mudança no sentido: bem -> mal.
Para o sujeito lírico as mudanças no Mundo, no Homem e no "eu" lírico encaminham-se para um estado mais negativo, pois nelas o mal permanece e intensifica-se, prolongando-se no espaço e no tempo, ao passo que o bem desaparece.
Ao contrário destas, a mudança que se opera na Natureza é a única que se encaminha para um estado positivo.
Ao contrário destas, a mudança que se opera na Natureza é a única que se encaminha para um estado positivo.
A mudança
A mudança processa-se de modo diferente na Natureza e no Homem e mais concretamente no sujeito poético, estando intimamente relacionada com o conceito de tempo. Assim, podemos distinguir o Tempo natural do Tempo humano. O tempo natural, cujos mecanismos de mudança operam ciclicamente, ao mal sucede o bem, ao Inverno sucede sempre a Primavera, contribui para uma certa estabilidade e permanência. Em contrapartida, o tempo humano, linear e irreversível, caracteriza-se pela instabilidade, pelo absurdo e pelo caos e caminha apenas num sentido, para pior.
No último terceto, apresenta-se uma outra mudança que vai constituir a chave de ouro do soneto: a inesperada mudança da própria mudança.
A conjunção copulativa "e" e a preposição "afora" (além de) acrescentam mais uma mudança, que consiste na mudança da própria mudança. Esta última vem acentuar o tom pessimista de todo o soneto, intensificando o desânimo e angústia do sujeito poético que se sente manipulado pelo Destino e pela Fatalidade.
Tudo é foi
Fecho os olhos por instantes.
Abro os olhos novamente.
Neste abrir e fechar de olhos
já todo o mundo é diferente.
Já outro ar me rodeia;
outros lábios o respiram;
outros aléns se tingiram
de outro Sol que os incendeia.
Outras árvores se floriram;
outro vento as despenteia;
outras ondas invadiram
outros recantos de areia.
Momento, tempo esgotado,
fluidez sem transparência.
Presença, espectro da ausência,
cadáver desenterrado.
Combustão perene e fria.
Corpo que a arder arrefece.
Incandescência sombria.
Tudo é foi. Nada acontece.
No último terceto, apresenta-se uma outra mudança que vai constituir a chave de ouro do soneto: a inesperada mudança da própria mudança.
A conjunção copulativa "e" e a preposição "afora" (além de) acrescentam mais uma mudança, que consiste na mudança da própria mudança. Esta última vem acentuar o tom pessimista de todo o soneto, intensificando o desânimo e angústia do sujeito poético que se sente manipulado pelo Destino e pela Fatalidade.
Tudo é foi
Fecho os olhos por instantes.
Abro os olhos novamente.
Neste abrir e fechar de olhos
já todo o mundo é diferente.
Já outro ar me rodeia;
outros lábios o respiram;
outros aléns se tingiram
de outro Sol que os incendeia.
Outras árvores se floriram;
outro vento as despenteia;
outras ondas invadiram
outros recantos de areia.
Momento, tempo esgotado,
fluidez sem transparência.
Presença, espectro da ausência,
cadáver desenterrado.
Combustão perene e fria.
Corpo que a arder arrefece.
Incandescência sombria.
Tudo é foi. Nada acontece.
António Gedeão
Após a leitura do poema de António Gedeão, verificamos semelhanças entre este poema e o soneto camoniano anteriormente analisado.
O último verso do poema de António Gedeão, "Tudo é foi. Nada acontece.", sugere o pessimismo que o sujeito poético sente em relação à mudança.
Também para o sujeito poético de "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" existe uma atitude pessimista em relação à mudança, pois também esta "não se muda já como soía".
Tempere a solha com sal, alho picado, pimenta e sumo de limão. Deixe a marinar durante 1 hora. Faça uma cama com a cebola cortada às rodelas, três tomates aos pedaços e os pimentos às tiras.
Disponha as postas de solha sobre a caminha.
Regue tudo com o molho da marinada e com um pouco de azeite. Corte o tomate reservado às meias-luas e coloque sobre o peixe e leve ao forno.
Sirva com batatinhas bravas!
Bom apetite!
Trabalhinho:
O último verso do poema de António Gedeão, "Tudo é foi. Nada acontece.", sugere o pessimismo que o sujeito poético sente em relação à mudança.
Também para o sujeito poético de "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" existe uma atitude pessimista em relação à mudança, pois também esta "não se muda já como soía".
A Mena na cozinha
Solha no forno
Solha no forno
8 postas de solha
1 cebola
4 tomates
1 pimento verde
1 pimento
laranja
2 dentes de alho
azeite
sal
pimenta
azeite
1 cebola
4 tomates
1 pimento verde
1 pimento
laranja
2 dentes de alho
azeite
sal
pimenta
azeite
Tempere a solha com sal, alho picado, pimenta e sumo de limão. Deixe a marinar durante 1 hora. Faça uma cama com a cebola cortada às rodelas, três tomates aos pedaços e os pimentos às tiras.
Disponha as postas de solha sobre a caminha.
Regue tudo com o molho da marinada e com um pouco de azeite. Corte o tomate reservado às meias-luas e coloque sobre o peixe e leve ao forno.
Sirva com batatinhas bravas!
Bom apetite!
Trabalhinho:
2 comentários:
Olá Mena
Gostei imenso da exposição "Coração perfeito".
Pode parecer sacrilégio, mas não sou grande apreciadora de Amália.
Prefiro a versão dos "Amália Hoje".
Passei a horas de jantar e...servi-me.
Obrigada!
Bjs.
Olá minha querida!
Um Anjo para Você
Para iluminar seu caminho,
para colocar ordem na sua vida,
para você ter sempre a certeza,
de que ele está ao seu lado,
em todos os momentos.
Em qualquer situação,
na sua tristeza e na sua alegria.
E mesmo que você se esqueça dele as vezes,
ele estará sempre do seu lado,
lhe ajudando, lhe dando conselhos,
lhe conduzindo na sua estrada,
as vezes triste, as vezes alegre.
Ele sempre vai dar o melhor de si,
para lhe ajudar, e em troca disso,
ele só quer que você saiba dele,
que acredite nele.
Não precisa saber o nome do seu anjo,
basta lembrar dele como uma luz,
a iluminar o seu caminho.
E você pode ter certeza de que ele é assim,
uma imensa luz, que não se apaga nunca,
que não fica fraca,
que jamais perde sua força e seu brilho.
Um lindo anjo para você...
Que você possa contar com ele,
Sempre....sempre...
Desejo um fim de semana maravilhoso.
Beijos com carinho.
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