terça-feira, 18 de maio de 2010

Encontro com a poesia


Lagoa de Óbidos

A poesia do século XX


“Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura. Pensava que os poemas não eram escritos por ninguém, que existiam em si mesmos, que eram como que um elemento natural, que estavam suspensos, imanentes. E que bastaria estar quieta, calada e atenta para os ouvir. (…)

Deixar que o poema se diga por si, sem intervenção minha (ou sem intervenção que eu veja), como quem segue um ditado (que ora é mais nítido, ora mais confuso), é a minha maneira de escrever. (…)”


Sophia de Mello Breyner Andresen


“Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura.









O estatuto do poeta

Ficha

Poeta, sim, poeta...
É o meu nome.
Um nome de baptismo
Sem padrinhos...
O nome do meu próprio nascimento...
O nome que ouvi sempre nos caminhos
Por onde me levava o sofrimento...

Poeta, sem mais nada.
Sem nenhum apelido.
Um nome temerário,
Que enfrenta, solitário,
A solidão.
Uma estranha mistura
De praga e de gemido à mesma altura.
O eco de uma surda vibração.

Poeta, como santo, ou assassino, ou rei.
Condição,
Profissão,
Identidade,
Numa palavra só, velha e sagrada,
Pela mão do destino, sem piedade,
Na minha própria carne tatuada.

Miguel Torga


Poética

(...)
Que é o poeta?
um homem
que trabalha o poema
com o suor do seu rosto.
um homem
que tem fome
Como qualquer outro
homem.

Cassiano Ricardo

Assim, o que um poeta

faz com as palavras, ao

tocá-las com os dedos,

não é só

o que o músico faz com os sons

ou o pintor com as cores.

As palavras,

cuja composição espessa cimenta

o cérebro e lhe dá peso,

não se reduzem às matérias visual

e acústica respectivamente

da cor e do som.

A queda desamparada

do sentido para dento de um

pequeno espaço de escrita,

assim como a súbita relação

estabelecida entre esse facto

e a minha consciência dele, desde logo

ampliam o horizonte expressivo

do poema.

E se o raciocínio e o gesto, em parte,

não entram nele,

não quer isto dizer que uma (outra)

razão, talvez mais profunda,

o inspire e penetre.

É que ela não se manifesta

expressamente pois, pelo contrário,

só no seu aspecto oculto

e “longínquo” se revela

- imediatamente -

o Poético.

Nuno Júdice






Trabalhinho:


A Mena na cozinha

Solha no forno com pimentos

6 postas de solha
1 pimento vermelho
sal
pimenta
1 cebola
1 dente de alho
azeite
1 malagueta grande
1 limão

Prepare o peixe e tempere-o com sal, pimenta e sumo de limão.
Corte a cebola, a malagueta e o alho às rodelas e espalhe no fundo de um pirex. Corte o pimento às tiras e colque sobre a cebolada. Regue com um pouco de azeite. Disponha o peixe escorrido e, por cima, coloque umas tiras de pimento. Deite mais um pouco de azeite sobre o preparado. Leve ao forno.

Sirva com batatas salteadas no forno e salada de tomate ou outra e uma rodelinha de limão.
Bom apetite!



2 comentários:

artes_romao disse...

boa noite.td bem?
que fotos lindíssimas...
gostei das restantes novidades;)
fica bem,jinhos****

Mona Lisa disse...

Olá Mena

Umas fotos belíssimas!

Um post instrutivo!

Hoje mesmo tarde jantei.
Hummmmmm...uma delícia!

Bjs.