A poesia do século XX
“Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura. Pensava que os poemas não eram escritos por ninguém, que existiam em si mesmos, que eram como que um elemento natural, que estavam suspensos, imanentes. E que bastaria estar quieta, calada e atenta para os ouvir. (…)
Deixar que o poema se diga por si, sem intervenção minha (ou sem intervenção que eu veja), como quem segue um ditado (que ora é mais nítido, ora mais confuso), é a minha maneira de escrever. (…)”
Sophia de Mello Breyner Andresen
“Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura.
Ficha
Poeta, sim, poeta...
É o meu nome.
Um nome de baptismo
Sem padrinhos...
O nome do meu próprio nascimento...
O nome que ouvi sempre nos caminhos
Por onde me levava o sofrimento...
Poeta, sem mais nada.
Sem nenhum apelido.
Um nome temerário,
Que enfrenta, solitário,
A solidão.
Uma estranha mistura
De praga e de gemido à mesma altura.
O eco de uma surda vibração.
Poeta, como santo, ou assassino, ou rei.
Condição,
Profissão,
Identidade,
Numa palavra só, velha e sagrada,
Pela mão do destino, sem piedade,
Na minha própria carne tatuada.
(...)
Que é o poeta?
um homem
que trabalha o poema
com o suor do seu rosto.
um homem
que tem fome
Como qualquer outro
homem.
Assim, o que um poeta
faz com as palavras, ao
tocá-las com os dedos,
não é só
o que o músico faz com os sons
ou o pintor com as cores.
As palavras,
cuja composição espessa cimenta
o cérebro e lhe dá peso,
não se reduzem às matérias visual
e acústica respectivamente
da cor e do som.
A queda desamparada
do sentido para dento de um
pequeno espaço de escrita,
assim como a súbita relação
estabelecida entre esse facto
e a minha consciência dele, desde logo
ampliam o horizonte expressivo
do poema.
E se o raciocínio e o gesto, em parte,
não entram nele,
não quer isto dizer que uma (outra)
razão, talvez mais profunda,
o inspire e penetre.
É que ela não se manifesta
expressamente pois, pelo contrário,
só no seu aspecto oculto
e “longínquo” se revela
- imediatamente -
o Poético.
Nuno Júdice
Trabalhinho:
Solha no forno com pimentos
1 pimento vermelho
sal
pimenta
1 cebola
1 dente de alho
azeite
1 malagueta grande
1 limão
Corte a cebola, a malagueta e o alho às rodelas e espalhe no fundo de um pirex. Corte o pimento às tiras e colque sobre a cebolada. Regue com um pouco de azeite. Disponha o peixe escorrido e, por cima, coloque umas tiras de pimento. Deite mais um pouco de azeite sobre o preparado. Leve ao forno.
Sirva com batatas salteadas no forno e salada de tomate ou outra e uma rodelinha de limão.
Bom apetite!
2 comentários:
boa noite.td bem?
que fotos lindíssimas...
gostei das restantes novidades;)
fica bem,jinhos****
Olá Mena
Umas fotos belíssimas!
Um post instrutivo!
Hoje mesmo tarde jantei.
Hummmmmm...uma delícia!
Bjs.
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