terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Imaginem!

Na Biblioteca, continuamos a preparar o Dia de São Valentim. Eis a caixinha que a Clara decorou para os alunos colocarem as mensagens de amor. A Anabela gostou tanto da caixa que a mostrou a toda a gente!





Aqui vos deixo um texto que merece bem ser lido! (pelos gestores públicos, principalmente!... Mas não só!...)


Imaginem


Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.
Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos.
Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos.


Mário Crespo



Modos de representação do discurso



O texto narrativo pode apresentar várias modalidades de discurso:


1. O discurso do narrador, mais próximo da ficção narrada, apresenta-se sob as formas de:


narração - relato de acontecimentos e de conflitos, situados no tempo e encadeados de forma dinâmica, originando a acção, isto é, utiliza-se para relatar os factos, fazendo avançar a acção.

(verbos de movimento e formas verbais do pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito mais-que-perfeito);


descrição - informações sobre as personagens, os objectos, o tempo e os lugares, que interrompem a dinâmica da acção e vão desenhando os cenários, isto é, utiliza-se para descrever, apresentar algo ou alguém de forma mais pormenorizada. (adjectivos; verbos copulativos ou de ligação e formas verbais do pretérito imperfeito; recursos estilísticos: metáfora, comparação, enumeração, adjectivação).


2. O discurso das personagens, mais distante do narrador, apresenta-se sob as formas de:


diálogo - interacção verbal ou conversa entre duas ou mais personagens, isto é , utiliza-se para reproduzir a fala das personagens, havendo uma grande proximidade espacial e temporal entre o emissor e o receptor do discurso. (discurso directo com registos de língua variados);


monólogo - conversa da personagem consigo mesma, discurso mental não pronunciado ou pronunciado, mas sem ouvinte, isto é, o locutor é receptor de si próprio. O discurso é, por vezes, desordenado, condicionado pelo pensamento do emissor, subjectivo. (discurso directo com frases simples e reduzidas, muitas vezes com suspensões).



A Mena na cozinha

Migas de broa de milho

grelos de nabo

Feijão-frade cozido

broa de milho

azeite
alho

sal

pimenta



Coza os grelos e o feijão-frade, separadamente, em água temperada com sal.
Esfarele a broa e reserve.












Corte os dentes de alho às rodelinhas finas e leve ao lume com o azeite (não os deixe alhos fritar).

Quando os grelos e o feijão estiverem cozidos, escorra-os e guarde um pouco da água de cozer os grelos.
Pique os grelos grosseiramente e junte-os à mistura de azeite e alho. Deixe apurar um pouquinho.


Misture a broa esfarelada, envolva bem


e, por fim, o feijão-frade escorrido. Misture bem. Tempere.
Se necessário, junte um pouco da água de cozer os grelos, para que as migas fiquem bem ligadas, e mais ou menos secas, conforme o gosto.


Entretanto, grelhe as tiras.

Sirva enfeitadas com gomos de limão.
Bom Apetite!



Trabalhito:


Porta-chaves

6 comentários:

Unknown disse...

hum receita deliciosa nham nham

Mona Lisa disse...

Olá Mena

Imaginem!!!

Gostei de ler!

Mesmo tarde como ainda não tinha jantado, servi-me e saboreei as migas ao som de John Lennon.

Bjs.

~*Rebeca*~ disse...

Que legal colocar mensagem de amor dentro de uma caixinha... linda iniciativa!

Beijo imenso, menina querida.

Rebeca


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APO (Bem-Trapilho) disse...

Querida, boa noite!
que bela ideia a da caixa e ficou bem gira! adorei!!! O porta-chave tb me agradou muitíssimo.
E gostei particularmente de saber que uma actriz foi contar uma história aí à vossa biblioteca. Gosto muito de ouvir contar histórias bem contadas, representadas. gostava muito de aprender a contá-las melhor. vou começar a colaborar aqui com a biblioteca e para começar vou contar um conto da minha autoria. estou a começar a sentir o peso da responsabilidade! :)))
Obrigada pela visita. Volta sempre! :)
Há votação no Bem-Trapilho.
bjinhos grandes!

artes_romao disse...

boa noite, td bem?
está td muito lindo...e interessante.
adorei a comida.
e as peças sempre giras.
fica bem,jinhos***

Anónimo disse...
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