Bem-Vindos a este espaço! Aqui encontrarão retalhos da vida de uma mulher... Retalhos, porque a minha vida é isso mesmo... é composta por mil pedacinhos que se vão tecendo e juntando para construir uma teia, umas vezes mais colorida... outras mais sombria... Mas no fim, tudo se conjuga harmoniosamente...
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Coisas com histórias
O laço em cota com pérola, é um alfinete ou pregadeira que fiz para pôr no casaquinho ou no top que se segue.
Pulseiras em cota prateada, pérolas e contas Pandora...
Estas letras também foram desenhadas por mim, são as iniciais do nome da minha filhota! Adoro fazer trabalhos destes, são uma verdadeira terapia!
Escândalo: O ME prepara-se para formar alunos "ignorantes fala-barato»
O fim anunciado da disciplina de História
Para raciocinar criticamente sobre um assunto é preciso começar por conhecê-lo. Pretendendo-se formar «estudantes críticos» sem lhes fornecer a necessária formação e treino, apenas se formam ignorantes fala-barato.
Nuno Crato, O “eduquês” em discurso directo, Gradiva, 2006, p. 86
O ministro da Educação Nuno Crato prepara-se, no âmbito da nebulosa reorganização curricular que se encontra em curso, para extinguir a disciplina de História do terceiro ciclo como área autónoma do saber.
Não admira que este economista e matemático de formação assuma tal responsabilidade, pois parece não convir aos políticos, economistas e gestores que moldaram e controlam o mundo neoliberal deprimido de hoje que este seja interpretado a partir de critérios metodológicos e quadros do conhecimento que só a ciência histórica pode fornecer. Decididamente, não interessa a estes directores e manipuladores da situação que os jovens e futuros cidadãos desenvolvam uma consciência histórica que lhes permita questionar e rebater de forma argumentada o paradigma económico-social e político nacional e mundial contemporâneo.
Hoje os media estão contaminados por economistas-gestores que opinam sobre tudo e condicionam a opinião pública. Esses mesmos economistas-gestores que nunca foram capazes de antecipar a crise — ou não tiveram o interesse ou a coragem para o fazer — e são agora incapazes de nos apresentarem soluções perceptíveis para a superar, mas que, à conta dessa crise, invadiram os meios de comunicação social, dominam o mundo financeiro e empresarial e determinam a acção dos políticos. Os mesmos economistas-gestores que, entretanto, resolveram obnubilar o facto de a crise dos subprimes de 2008 estoirar nos EUA (e depois, por efeito dominó, na Europa) devido às desreguladas e criminosas actividades especulativas do sector privado. E que hoje nos vêm dizer que a culpa de estarmos a descer ao inferno tem de ser somente assacada aos gastos desmedidos que os políticos fizeram no sector público – ou seja, em prol de um Estado-providência que, apesar de ter cometido (intoleráveis) erros de palmatória, é afinal acusado de ter desejado praticar o supremo crime de assegurar uma sociedade mais justa e democrática, em que todos tivessem igual acesso à educação, à saúde e à justiça.
É, no entanto, curioso registar que perante a iminência do fim das disciplinas de História e de Geografia no terceiro ciclo do ensino básico, que se prevê serem fundidas numa disciplina híbrida — a qual, pormenor de somenos importância, será doravante leccionada por professores de História sem formação de Geografia e por professores de Geografia sem formação de História —, toda a gente fique calada. Com efeito, sobre este assunto só os sindicatos dos professores denunciaram com alguma fogosidade o risco de esta medida, estritamente economicista e sem justificação pedagógica e cívica, poder contribuir, a curto ou médio prazo, para o despedimento de muitos professores de História e de Geografia contratados ou mesmo dos quadros de nomeação definitiva das escolas e, portanto, com 10 ou até mais de 15 anos de trabalho.
Onde estão os professores de História do ensino básico e secundário? E por onde andam os professores de História do ensino universitário? E onde está a Associação de Professores de História que, depois de ter apresentado uma petição/manifesto contra tal medida, parece ter-se desinteressado do assunto? E o que pensa sobre este tema a sempre tão interventiva Confederação Nacional de Associação de Pais? E os ex-presidentes da República Mário Soares e Jorge Sampaio? E, ainda que mal pergunte, que justificação pretende dar Nuno Crato para assumir a responsabilidade política desta decisão? Note-se, o mesmo que antes de estar ministro advogou, num livro que pretendeu desconstruir, argutamente, os mitos da pedagogia romântica e construtivista, ser «preciso centrar forças nos aspectos essenciais do ensino, ou seja, na formação científica de professores, no ensino das matérias básicas, na avaliação constante e na valorização do conhecimento […]» (O «Eduquês» em discurso directo, Gradiva, 2006, p. 116).
Se a disciplina de História for mesmo banida dos currículos do terceiro ciclo do ensino básico — registe-se, no exacto momento do rescaldo das exuberantes comemorações do centenário da Primeira República (1910-2010) —, então sugiro ao ministro Nuno Crato que mande para as urtigas a «formação científica dos professores» e o «ensino das matérias básicas» que tanto defendeu, e opte por idênticos processos para outras disciplinas. Nomeadamente, que trate de fundir a disciplina de Matemática com a disciplina de Ciências Físico-químicas e a disciplina de Português com a disciplina de Inglês. Desta forma, o Ministério da Educação poderá cumprir os seus crípticos desígnios de contribuir para a formação de alunos «ignorantes fala-barato», instruir cidadãos castrados, despedir professores e, evidentemente, poupar dinheiro. A escola pública e o país agradecem.
Luís Filipe Torgal
domingo, 30 de outubro de 2011
Oração do assaltado ( Funcionário Público)
Meu Deus que sois infinitamente amável e justo...
Fernando Pessoa - A fragmentação do eu / o tédio emocional
Vários acontecimentos na sua vida acentuam esse desencanto. A notícia da morte do seu grande amigo Sá-Carneiro em Paris, em Abril de 1916, por exemplo, abala-o profundamente, deprimindo-o ainda mais.
No entanto, Pessoa perseguiu insistentemente a felicidade que nunca atingiu, ou porque não encontrou quem o entendesse, ou porque ele próprio não foi capaz de sair do turbilhão em que se enredou e de se relacionar com os outros, de quem se sente irremediavelmente separado.
Insatisfeito com o presente e incapaz de o viver em plenitude, porque a fragmentação se instalou, Pessoa anseia por vivências, estados de ilusão, sonhos que possibilitem "coisas impossíveis". O desejo de viajar, de ser o que não é, reflecte a sua insatisfação permanente. Mesmo aquilo que está próximo é sentido como longínquo. Vejamos os poemas:
"Viajar! Perder países!" - A permanente fragmentação do eu é reforçada pela metáfora que inicia o poema:
- a constante despersonalização;
- a inexistência de motivos para viver a vida;
- a solidão e a melancolia do sujeito poético.
- a metáfora da teia de aranha, como expressão do seu aprisionamento;
- o desconhecimento de si próprio;
- a consciência excessiva.
- a desistência da vida;
- a incapacidade de agir;
- a imagem de um eu "espectador" da vida;
- o tédio de tudo.
- a frustração resultante da dualidade "querer" / "fazer";
- o sentimento de náusea diante do que realiza;
- a contradição, o conflito interior entre a alma e o ser;
- a impossibilidade de concretizar os seus anseios.
sábado, 29 de outubro de 2011
Tempos difíceis (só para alguns!)
Nem isso merecem!
E o que está a dar é ser-se imbecil, ignorante... Os governantes agradecem!
O que fizeram deste país?
Não se vislumbra nem uma nesguinha de luz!
Pois sou, mas não me adianta nada ser!
Somos roubados todos os dias por essa corja de mentirosos!
Fartíssima!
Creio que muitos já sentem que chegou o fim do mundo!
Triste, triste, triste!
Enfim!
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
A Mena na cozinha
250 g de carne picada
1 cebola
1 dente de alho
3 dl de água
1 dl de vinho branco
azeite
sal
pimenta
orégãos
Descasque e pique a cebola e o alho miudinhos.
Introduza na sua MasterChef todos os ingredientes e misture bem.
Seleccione a função Chef, com a tampa fechada, para 15 minutos e carregue na tecla Início.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
O que a Troika queria aprovar e não conseguiu!
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.
2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.
7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;.
10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicosque servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - háhospitais de província com mais administradores que pessoaladministrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros o Estado.
24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;
26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".
27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
30. Pôr os Bancos a pagar impostos.
*Ao "povo", pede-se que dê a conhecer isto ao maior número de pessoas...
POR TODOS NÓS E PELOS NOSSOS FILHOS.
Conselho aos Filhos de Portugal
Mensagem recebida de um emigrante a viver no estrangeiro:
Se és um jovem português,
atravessa a fronteira do teu País
e parte destemido
na procura de um futuro com Futuro
Porque no teu País
A Educação é como uma licenciatura
tirada sem mérito e sem trabalho,
arquitectada por amigos docentes
e abençoada numa manhã dominical
Porque no teu País
É mais importante a estatística dos números
que a competência científica dos alunos.
O que interessa é encher as universidades,
nem que seja de burros
Porque no teu País
A corrupção faz parte do jogo
onde os jogadores e os árbitros
são carne do mesmo osso
e partilham o mesmo tempero
Porque no teu País
A justiça é ela própria uma injustiça
porque serve quem é rico e influente
com leis democraticamente pobres
Porque no teu País
As prisões não são para os ladrões ricos
porque os ricos não são ladrões
já que um desvio é diferente de um roubo
Porque no teu País
A Saúde é uma doença crónica
onde, quem pouco tem
é sempre colocado na coluna da despesa
Porque no teu País
Se paga a quem nada faz
e se taxa a quem pouco aufere
Porque no teu País
A incompetência política
é definida como coragem patriótica
Porque no teu País
O mar apenas serve para tomar banho
e pescar sardinhas
Porque no teu País
Um autarca condenado à prisão pela justiça
pode continuar em funções em liberdade
passeando e assobiando de mãos nos bolsos
Porque no teu País
Os manuais escolares são pagos
enquanto a frota automóvel dos políticos
é topo de gama
Porque no teu País
Há reformas de duzentos euros
e acumulação de reformas de milhares deles
Porque no teu País
A universidade pública deixou cair a exigência
e as licenciaturas na privada
tiram-se ao ritmo das chorudas mensalidades
Porque no teu País
Os governantes, na sua esmagadora maioria
apenas possuem experiência partidária
que os conduz pelas veredas do "sim ao chefe"
Porque no teu País
O que é falso, é dito como verdade,
sob Palavra de Honra!
São votos ganhos numa eleição
Porque no teu País
As falências são uma normalidade,
o desemprego é galopante,
a criminalidade assusta,
o limiar da pobreza é gritante
e a venda de Porsche e Ferrari ... aumenta
Porque no teu País
Há esquadras da polícia em tal estado
onde os agentes se servem da casa de banho
dos cafés mais próximos
Porque no teu País
Se oferecem computadores nas escolas
apenas para compor as estatísticas
do saber "faz de conta" em banda larga
Porque no teu País
Se os teus pais não forem ricos
por mais que faças e labutes
pouco vales sem um cartão partidário
Porque no teu País
Os governantes não taxam os bancos
porque, quando saírem do governo
serão eles que os empregam
Porque no teu País
És apenas mais um número
onde o Primeiro-Ministro se chama Alice
que vive no País das Maravilhas
mesmo ao lado do teu.
Foge !
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Fernando Pessoa - A nostalgia de uma infância mítica
Insatisfeito com o presente e incapaz de o viver em plenitude, Pessoa refugia-se numa infância, regra geral, desprovida de experiência biográfica e submetida a um processo de intelectualização. Os poemas que ilustram este fascínio pela infância são:
"Quando as crianças brincam" - A evocação da infância surge como motivo de criação poética:
- o real (a brincadeira das crianças) como pretexto para uma reflexão introspectiva - "Quando as crianças brincam / E eu as oiço brincar";
- a infância como um tempo onírico - "E toda aquela infância / Que não tive me vem";
- a identificação da infância como um tempo de felicidade apenas pressentida;
- a articulação passado / presente / futuro: o jogo dos tempos verbais - "fui"; "serei"; "sou";
- a permanência da dualidade pensar / sentir - "Quem sou ao menos sinta / Isto no coração".
- o presente marcado pela nostalgia do passado - "Enche-se de lágrimas / Meu olhar parado."
- a percepção de dois modos de ouvir - "Recordo outro ouvir-te.";
- o desejo violento de recuperar o passado - "Com que ânsia tão raiva / Quero aquele outrora!";
- a permanente incapacidade de ser feliz - "E eu era feliz? Não sei: / Fui-o outrora agora." - sublinhada pelo oxímoro.
- o contraste entre as expectativas da mãe e da criada velha e a realidade;
- a precocidade da morte;
- a intemporalidade da situação dramática evocada;
- a fugacidade dos momentos de felicidade.
- a simbologia do tempo e do espaço referidos - "Sei que era Primavera / E o jardim do rei...";
- a estrutura dramática e o desdobramento do sujeito poético presente no diálogo entre um "eu" feminino e a ama;
- os lamentos presentes no discurso parentético das quatro primeiras estrofes, reveladores da dor de crescer e pensar - "(Filha, os sonhos são dores...) - e da inevitabilidade da morte - "(Filha, o resto é morrer...)";
- a dor de pensar - "Penso e fico a chorar...";
- a identificação entre as narrativas infantis e a felicidade - "Conta-me contos, ama... / Todos os contos são / Esse dia, e jardim e a dama / Que eu fui nessa solidão...".