quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

♥ Love it! ♥

chá, chá, chá e mais chá... quente, morno, frio, gelado...

Gosto das árvores assim despidas...


Gostei da maquilhagem que a M me fez, mas sou adepta de algo mais simples e natural. Pronto, como era para uma festa, enfim...


Gosto do pôr-do-sol, gosto do mar, gosto de água, gosto de fotografar, gosto das cores do entardecer, antes de anoitecer...


Gosto de fazer bijutaria nos meus tempos livres, serve-me de terapia...

Gosto das cores quentes do Outono...


Sou apaixonada por lingerie bonita, corpetes, cintos de ligas...


Gosto da minha almofada quentinha e fofinha: era uma camisola! Viva a reciclagem e a criatividade!


Adoro o corte das calças da Salsa, vestem tão bem, ficam um espanto!




Gosto de lenços, écharpes...


Gosto de uma maquilhagem bem simples para o dia-a-dia, para o trabalho e para a escola...



Ele há Histórias do arco-da-velha!...

Conheceram-se na faculdade e tornaram-se amigos inseparáveis: Maria, Deolinda, Filipa, Paula e Francisco. E foram cinco anos de loucura total: iam às aulas juntos, estudavam juntos, faziam cábulas juntos, copiavam juntos, dividiam a matéria pelos cinco..., iam almoçar juntos, faltavam às aulas juntos para uma bela tarde de cinema, compras ou só pelo prazer de ficarem à conversa, num qualquer jardim da capital... Passavam as férias grandes juntos, na praia, acampados, com os irmãos da Maria. Os pais da Maria apareciam todos os dias com o almoço e o jantar preparados, com o pão fresco e mais alguns mimos... O namorado da Maria aparecia no fim-de-semana. E todos os anos, eram três meses de sol, de jogos, de discoteca, de passeios à beira-mar, de noitadas à roda da fogueira a cantar, a bebericar café quentinho...

Depois, findo o curso, separaram-se, nunca mais souberam uns dos outros. Tinham dito: se tivermos de nos cruzar um dia...

Maria casou e todos apareceram para seu grande espanto, não enviara convite, mas o destino encarregou-se de os juntar. Estavam todos tão felizes, fizeram uma roda com a Maria, riram a bom rir, recordaram o tempo da faculdade, contaram as aventuras e desventuras... Separaram-se com mais um se tiver de acontecer, encontramo-nos por aí!

Passaram anos... Volvidos cerca de vinte anos, surgiu, não por acaso, no café, o Francisco. Maria estava com uma colega a lanchar e sentiu um olhar insistente, incomodativo... Levantou os olhos do croissant e buscou o olhar persistente, encarou-o interrogativamente e soltou um: eu conheço aqueles olhos. A colega virou-se e seguiu o olhar da Maria. Conheces? Não me parece que seja de cá, nunca o vi! Conheço, tenho a certeza que conheço aquele olhar. Ele levantou-se e saiu. Quando decidiram pagar, o empregado anunciou que a conta estava paga. Olharam uma para a outra interrogativamente, encolheram os ombros e saíram. Despediram-se. A Ana atravessou a praça e a Maria seguiu para o estacionamento... A meio do caminho, Maria sentiu que estava a ser seguida e virou-se, nada de especial, só pessoas que caminhavam para o parque de estacionamento, como ela. Pagou e dirigiu-se para o carro, tirou a chave, abriu a porta, colocou a mala e os sacos no banco detrás e, quando ia para fechar a porta, estava ao seu lado o sujeito do café.

- Não te lembras de mim?

Aquela voz, aqueles olhos, aquela maneira de olhar...

- Francisco?

- Estava a ver que não me reconhecias.

- Que fazes por aqui?

- Fui colocado aqui, no liceu. Já te procurei vezes sem fim e agora, de repente, ali estavas tu no café.

- E reconheceste-me logo?

- Estás igual, os mesmos olhos verdes grandes, a mesma boca, o mesmo sorriso, não mudaste muito, continuas tão bonita...

- Gostava de continuar aqui na conversa, saber mais de ti, mas não posso, tenho de ir buscar os miúdos à escola.

- Encontramo-nos amanhã, Maria? No café?

Encontraram-se. Tinha casado, tinha dois filhos, tinha-se divorciado, tinha tido um caso que correu muito, mas muito mal. Mudou de cidade. Deixou o Alentejo... Estava um bocado desiludido. Tinha concorrido para aquela zona na esperança de a encontrar, chegou mesmo a pensar que ela não estivesse mais ali... Finalmente, quando estava já a desistir, viu-a a entrar no café, a rir, como só ela ria...

- Maria, eu estive muito apaixonado por ti, mas tu só tinhas olhos para o Jorge. Eu acho que todos sabiam da minha paixão por ti, menos tu. Até os teus pais perceberam...

- Ora, Francisco, estás a fazer confusão, éramos amigos, os melhores amigos do mundo, só isso.

- Só queria que soubesses que sonhei muitas vezes contigo, perguntei-me muitas vezes como teria sido se eu te tivesse dito que te amava...

- Não teria acontecido nada, Francisco, eu casei-me pouco tempo depois das últimas férias que passámos juntos, lembras-te?

E os encontros entre a Maria e o Francisco continuaram, almoçaram algumas vezes juntos, lancharam muitas vezes juntos, passearam umas tantas vezes, riram muitas vezes juntos, relembraram tempos idos juntos... Parecia que a velha amizade tinha renascido...

Um dia, Francisco agarrou a mão de Maria e perguntou de supetão:

- Já alguma vez traíste o teu marido?

Ela fixou-o com uns olhos do tamanho do mundo, inquisidores, atónitos, e respondeu:

- Não, nunca.

- E queres trair?

Maria não queria acreditar no que ouvia, os olhos dele suspensos nos seus, enormes, tão grandes de perplexidade, como a enormidade daquelas palavras.

- Mas que pergunta é essa agora?

- Eu amo-te, tu sabes, sonho todos os dias contigo, quero fazer amor contigo, quero-te, desejo-te como nunca desejei ninguém. Fico louco só de pensar que fazes amor com o teu marido...

- Por amor de Deus, Francisco, tu amaste uma menina de vinte anos que já não existe, somos só amigos. Eu não vou trair o meu marido, eu amo-o e não te amo, gosto de estar contigo, de conversar contigo, de rir contigo... mas, não me imagino a ser outra coisa para ti...

- Eu não te quero como amiga, será que ainda não percebeste? Eu quero que sejas minha amante.

- Não. Nunca. Estás parvo?

- Foi um erro procurar-te. Nunca mais te quero ver.

Nem se despediram. Nunca mais falaram. Nunca mais de encontraram.

Mas doeu, doeu a desilusão, doeu a amizade desfeita, doeu, doeu... dói.



E, por fim, delicie-se com as imagens, acedendo ao link:

http://www.airpano.ru/files/Manhattan-New-York-USA/start_e.html

2 comentários:

mfc disse...

Hummm... mas que bom gosto!

Rita disse...

Obrigada, mfc!

bj