sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ao chegares


A imagem veio daqui!




Ao chegares,
Os meus olhos prenderam-se aos teus
As nossas mãos estenderam-se
Pássaros trémulos, loucos, esvoaçantes
Que se encontraram enfim
Tocaram-se levemente, enroscaram-se
Reconheceram-se...

O teu rosto iluminou-se num sorriso
Aberto, franco, um sol radioso
Que veio alvejar a sombria vida minha
Penetrar na dura e austera torre,
Muralhas, rochas incorruptas
Que caíram pedra por pedra...

Ah! Que doce sensação de liberdade

O meu rosto adoça e dilui-se
Na obscuridade que escorre da noite,
E o negrume cresce e vai-nos envolvendo
Num manto quente de lava ardente,
Acende-se o lume da intimidade,
Primeiro lento, depois excedente, vivo
E, por fim, as cinzas da exaustão...



Mena

2 comentários:

Mona Lisa disse...

Magnífico poema, transbordando amor, desejo, paixão!

Beijos.

Nilson Barcelli disse...

O amor é um fogo a arder sem combustível...
Excelente, querida amiga. Adorei mais este teu poema.
Beijo.