sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A vida acorda o dia




Agoniza, enfim, o dia ao sol pôr.
E numa funesta e dura batalha,
O horizonte tinge-se de sangue.
Depois, a obscuridade e a nudez,

O teu retrato a desvanecer-se
Dos contornos... Debruçada, procuro,
Na sombra vacilante, o teu corpo
E prendo-to num olhar derradeiro,

Crendo poder ainda alvoroçar-te
O coração, dar-te cor e ânimo...
Uma avalanche de comoções brota...

Será um sobressalto ocasional?
O empalecido brilho dos teus olhos
Revivifica, a vida acorda o dia!

Mena

2 comentários:

Anónimo disse...

Que saudades das suas aulas, professora!


Beijo
Catarina

Nilson Barcelli disse...

São boas todas as pessoas que fazem com que a vida acorde o dia...
Soneto algo complexo, que exige uma leitura atenta, mas excelente. Gostei muito mesmo.
Beijo.