Poema da menina tonta
A menina tonta passa metade do dia
a namorar quem passa na rua,
que a outra metade fica
pra namorar-se no espelho.
A menina tonta tem olhos de retrós preto,
cabelos de linha de bordar,
e a boca é um pedaço de tecido vermelho.
A menina tonta tem vestidos de seda
e sapatos de seda:
as olheiras postiças de crepe amarrotado,
as mãos viúvas entre flores emurchecidas,
caídas da janela,
desfolham tétalas de papel…
No passeio em frente estão os namorados
com os olhos cansados de esperar
com os braços cansados de acenar
com a boca cansada de pedir…
A menina tonta tem coração sem corda,
a boca sem desejos
os olhos sem luz…
E os namorados cansados de namorar…
Eles não sabem que a menina tonta tem a cabeça cheia de farelos.
O comportamento da menina tonta revela-nos que se trata de uma rapariga sem desejos, ambições ou objectivos. É superficial. Os primeiros quatro versos do poema mostram bem a superficialidade da menina que gosta de agradar aos outros e a si mesma. É uma rapariga leviana, egocêntrica e narcísea.
"Coração sem corda" (coração de pedra), esta expressão indica a insensibilidade da menina; "Cabeça cheia de farelos" (cabeça cheia de areia, cheia de vento) significa que ela é fútil e superficial. Os recursos estilísticos predominantes neste poema são: anáfora e repetição ("A menina tonta", "com... cansados", "sem", "seda", "fria") mostra o constante comportamento fútil da rapariga e a espera constante dos namorados; metáfora ("olhos de retrós preto", "cabelos de linha de bordar", "a boca é um pedaço de qualquer tecido vermelho", "as olheiras postiças de crepe amarrotado"...). Nestas metáforas, o sujeito poético utiliza num dos termos comparativos tecidos e linhas de várias qualidades para significar a vaidade e a futilidade da menina tonta; comparação ("fria como a seda") aponta para a insensibilidade da rapariga.
Este poema apresenta marcas do código oral ("pra", o uso da repetição, pa ontuação variada - principalmente o uso das reticências - e o uso de expressões populares - "coração sem corda" e "cabeça cheia de farelos".
A nível formal, trata-se de uma poesia livre, não tem rima nem obedece às regras tradicionais de versificação. É um poema narrativo, mais próximo do tom coloquial.
Lombo assado com alhinho
sal
azeite
piripiri
1 lombo de porco
vinho branco
Descasque os alhos e leve-os à picadora com sal.
Junte à pasta de alho com sal azeite e piripiri, misture bem os ingredientes.
Barre o lombo de porco com a pasta e leve ao forno a assar a 180º.
Sirva com puré de batata e salada.
Bom apetite!
Trabalhinho:
2 comentários:
Ola Mena
Fazia tempo que não vinha aqui...
Mudou o visual do blog, gostei!
E como sempre, babei na receita...
Boa Semana
Bjokas:D
olá! adorei o trabalhinho. beijinhos!
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