Ontem passámos o dia a percorrer Oeiras e os arredores à procura de um novo quarto para o meu filho. Ele está a tirar o mestrado no IADE (2.º ano) e a estagiar em Oeiras. Como a casa em que está é um pouco longe, decidimos procurar algo mais perto. Vimos vários quartos e, digo-vos, ele há pessoas que têm cá uma cara de pau! Pois é, há pessoas que alugam “quartos” sem um mínimo de condições. Vimos quartos pequeníssimos (pouco maiores do que a minha despensa!) cozinhas onde para entrarmos temos de ter as unhas dos pés bem cortadinhas, casas de banho apertadinhas… Casas onde não mora a “higiene”, nem por lá passa há uma quantidade de tempo, casas onde moram seis pessoas, havendo apenas uma casa de banho… E os preços? 250, 275, 300 euros… mais despesas…
Digo-vos, eu teria vergonha de alugar a alguém muitos dos espaços que vimos! E a descrição feita pelos proprietários? Não tinha nada a ver com o que nos estavam a mostrar!
Um casal, que nos recebeu, mostrou-nos a casa minúscula, deixando para último o quarto como se fosse um trunfo e, a certa altura, perguntou o marido da proprietária se tínhamos gostado, se isto, se aquilo...
- Temo que o meu filho fique com os pés de fora - disse-lhe, apontando para a cama.
Ele olhou-me desconfiado, atirando um… acha? Não posso!
Aí, o meu filho, que se mantivera calado até ali, assentiu:
- Tenho a certeza que vou ficar com os pés de fora.
A proprietária teve então uma “boa” ideia:
- Tenho ali um colchão de casal, ponho-o por cima deste e o Luís já não bate com os pés na cama, pois passarão por cima desta parte – dizia ela, apontando para a parte detrás da cama.
Não queria acreditar na solução apontada, só não me ri, porque enfim…
A cama é um divã para uma pessoa. Com um colchão de casal por cima do outro, podem imaginar! O quarto é pequeníssimo, a cama chegada à parede de um lado e com a cabeceira encostada à janela que dá para a varanda. Aos pés da cama uma estante e ao lado da cama um roupeiro estreitíssimo com duas portas. Entre a cama e este pequeno armário pouco espaço há para passarmos, ao lado da cama uma mesa-de-cabeceira pequeníssima com um pequeno candeeiro. Com o tal colchão de casal por cima do outro, não ficaria qualquer espaço para se passar.
O marido não concordou, que o melhor era pôr um colchão do mesmo tamanho em cima daquele, que também poderia mandar acrescentar a cama…
A mulher discordou, que o colchão era de casal, que não tinham mais nenhum daquele tamanho, que a cama acrescentada… nem pensar, que isso são remendos, que nem pensar!
Começaram a discutir e nós ali (eu, o meu filho e a minha filha) a olharmos uns para os outros e a encolhermos os ombros. Por fim, olharam-nos e a mulher corou.
A minha filha comentava com o irmão que o quarto não tinha espaço para uma secretária para pôr o computador, os livros… nem espaço para estudar.
A proprietária começou então a explicar-nos que a sala ao lado era maior e que fizeram o quarto com paredes falsas, cortando uma parte da sala…
- Até ficou bem acolhedor! – exclamou.
O marido quis que o meu filho se deitasse na cama.
- Ó Luís, tens de te deitar na cama. Será que não cabes mesmo?
Ele deitou-se.
- Realmente és grande! – concordou finalmente.
Era evidente que não estávamos nada interessados no quarto, mas o proprietário fez questão de dizer:
- Se te encolheres.
Despedimo-nos e fugimos dali.
A Mena na cozinha
Creme de curgete com alface
4 batatas médias
4 cenouras
1 alface
sal
pimenta
azeite
Bom apetite!
Trabalhinho:
1 comentário:
boa noite,td bem?
lá isso é verdade...as pessoas aproveitam-se imenso das situações.
e não olham a valores.
quanto à t-shirt está muito fofa;)
fica bem,jinhos****
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