Chagall
Surges
ao longe
Qual
cavaleiro andante e no negrume
Vislumbro
o teu rosto, o teu sorriso...
Uma
névoa leve, quase irreal, fantástica
Pousa
no verde pálido dos teus olhos,
Um
mar rebelde aquieta brando.
E
o vento vem de mansinho
Agitar-te
o cabelo revoltoso,
Ondas
crescentes de espuma brilhante.
Uma
gaivota esvoaça
E,
vacilante, poisa nos teus ombros,
Quedos
rochedos debruçados sobre o mar...
A
voz não sai,
O
grito vacila, fica preso na garganta...
E,
lá longe, os barcos oscilam docemente,
Perfilados,
num constante vaivém de águas
Reluzentes
que te prendem o olhar.
Quero
chamar-te, quebrar o feitiço,
Mas
é sedutor o mar, suave a sua súplica...
E
nos singulares e febris olhos teus
Arde
uma chama que te consome
A
vontade. Não és tu, sou só eu!
Lentamente,
perdes o rosto, os olhos,
O
nome... És sonho, és nada...
Mena
Mena
2 comentários:
Belo e melancólico poema.
Beijos.
A vontade move montanhas...
EXcelente poema, gostei imenso das tuas palavras.
Um beijo, querida Mena.
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