Um dia, chegou à escola um bruxo mau e desatou a distribuir maçãs envenenadas aos habitantes daquele palácio... Claro que nem todos comeram as maçãs: uns fugiram, outros deitaram-nas fora, outros guardaram-nas (sem saber muito bem o que fazer com elas), outros ofereceram-nas aos mais famintos que em vez de comerem apenas uma maçã (o que já era mau o suficiente!), lambuzaram-se com duas ou três...
E o palácio começou a desmoronar-se, as gentes já não eram felizes, algumas choraram amargamente a destruição do tão belo e feliz palácio... Mas, também houve quem não desistisse nunca e que incentivasse os outros a seguir de cabeça erguida, porque "não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe"...
E...
E, pronto, o bruxo, finalmente, decidiu montar a sua velha vassoura e voar para bem longe, deixando, claro está, atrás de si, um longo rasto de destruição... Mas (felizmente, por vezes, há sempre um mas), qual Fénix renascida, a nossa escola voltará aos seus momentos áureos, voltará a ser o palácio majestoso e lindo, cheio de pessoas felizes, porque competentes nunca deixaram de o ser. Todos os habitantes do palácio, agora mais do que nunca, se unirão e trabalharão para fazer renascer a nossa linda Fénix.
A Fénix, o mais belo de todos os animais fabulosos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte. Revestida de penas vermelhas e douradas, as cores do Sol nascente, possuía uma voz doce e melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. Segundo a lenda, apenas uma Fénix podia viver de cada vez. Hesíodo, poeta grego do século VIII a. C., afirmou que esta ave vivia 9 vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97 200 anos. Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos da árvore da canela, em cujas chamas morria queimada. Mas, das cinzas erguia-se, então, uma nova Fénix linda e majestosa, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com eles até à cidade egípcia de Heliópolis, depositando-os no Altar do Sol.
Estudiosos crêem que esta lenda surgiu no Oriente, tendo sido adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis, como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei.
Na arte cristã, a Fénix renascida simboliza a ressurreição de Jesus Cristo.
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