quarta-feira, 8 de junho de 2011

Processo, progresso, regresso, retrocesso, ...



Recebi este texto por correio electrónico. Não havia qualquer referência ao autor deste artigo, mas como se trata de um tema actual, decidi partilhá-lo convosco.




"As Câmaras Municipais estão a colocar as aldeias às escuras, à noite, desligando as luzes para não gastarem energia. Há cinquenta/sessenta anos atrás, as aldeias também não tinham electricidade, nem de noite nem de dia.
Leio nos jornais que a moda deste ano vai ser o espartilho e os "soutiens” feitos de materiais duros, como a corticite. Há cinquenta/sessenta anos atrás, as mulheres usavam espartilho.
Os responsáveis pela Segurança Rodoviária querem instituir a velocidade máxima de 30 km/h. Era o que acontecia há cinquenta/sessenta anos atrás, quando em vez de automóveis havia carroças nas ruas.
Também li que, devido ao aumento do preço do tabaco, já há muita gente que retornou o hábito de fumar o tabaco de enrolar, tal como era frequente há cinquenta/sessenta anos atrás.
Devido à carestia dos transportes, já há muita gente em Lisboa, a andar nos transportes públicos (foi o "Telejornal" da RTP que o demonstrou, há dias). Tal e qual como antes, iam para o emprego de cacilheiro, de autocarro/eléctrico ou de comboio.
Por causa do desemprego e dos cortes que os nossos embriagados governantes estão a fazer, já se vêem pessoas a fazer hortas na periferia de Lisboa, produzindo couves, batatas, feijões e cebolas, nos cantinhos abandonados das urbanizações. Tal como faziam os seus pais e avós, há cinquenta/sessenta anos atrás.
Aliás, retoma-se, actualmente, o conceito de " Agricultura biológica" que se fazia há cinquenta/sessenta atrás, antes de surgir a praga dos adubos industriais. E andam aí engenheiros a ensinar técnicas de compostagem que era o que se fazia, há cinquenta/sessenta anos, ao aproveitar resíduos orgânicos. Antigamente, chamava-se-lhe estrume.
Li num jornal diário e vi numa peça de noticiário da televisão que as cabras estão a ser utilizadas para prevenir os incêndios florestais, mandando-as pastar para as florestas, para comer aquilo que, não sendo eliminado constitui combustível propício à deflagração dos fogos. Essa técnica era amplamente utilizada há cinquenta/sessenta anos atrás.
O mais interessante é que tudo isto está a acontecer em nome do futuro, recuperando aquilo que havia no passado.
Como lhe chamar? Processo? Progresso? Regresso? Ou Retrocesso?"

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