Pintura de Ana Luisa Kaminski
Às vezes,
Desabo...
Desfaço-me em mil pedaços
E espero em vão que venhas apanhar,
Recolher os fragmentos espalhados
E me ajudes a colar os estilhaços
Daquilo que fui
E que dificilmente voltarei a ser...
Às vezes...
Colo bocados de mim
Que deixei derramados por aí
E que o vento dispersou,
Varreu para algum recanto
Inacessível
E vou juntando no regaço
Aquilo que fui, aquilo que sou...
Às vezes...
Fixo com cuspo os retalhos
Da manta da minha vida
Mosaico colorido onde pairam
Nuvens sombrias de lágrimas inchadas
Gotas que lambo como feridas
Em fogo que me consomem
E renasço das cinzas, qual Fénix.
Mena
Mena
4 comentários:
Renascemos dia a dia...
Beijos.
É preciso viver como se cada dia fosse sempre o primeiro e o último!
Ainda bem que é só às vezes, porque o processo é doloroso...
Mas o poema é excelente. Gostei tanto, querida amiga.
Beijos, querida Mena.
Que prazer me dá ler os teus poemas!
E não o digo como elogio gratuito, mas porque gosto mesmo!
Tens alma, Mena!
Continua.
Toma um grande beijinho.
Enviar um comentário