Somos o mar e o rio que se
encontram,
Depois de uma longa e
penosa caminhada...
Desço a serra,
Galgo montanhas e
planaltos
Salto rochas e rochedos
Contorno cidades, vilas e
lugarejos
E espalho-me pelas
planícies,
Espreguiçando-me de águas
lisas, doces, mornas...
Estreito-me, encolho-me
mais,
Sou um só fio de prata.
Alargo-me...
Vou depressa, vou devagar...
Falo de ti às pedras,
Conto-lhes segredos inenarráveis
Digo-lhes os contornos do
teu corpo de água salgada
Desenho a forma da tua
boca de coral,
Dos teus olhos de
sargaços...
Vou cansada e só quero
chegar
Desejo desaguar em ti
Misturar o meu mel com o
teu sal
E descansar, enfim...
Longamente, entre limos e
abraços,
Demoradamente, entre
gemidos e bramidos
E depois de longos beijos
de espuma e de areia
Adormecer, baloiçando nas
tuas ondas
Embalada pelo marulhar da
tua voz.
Mena
Mena
5 comentários:
O amor partilhado , poeticamente, "cantado"!
Parabéns pelo poema!
Beijos.
Gosto do que escreve!
Paula
O rio e o mar sempre foram amantes...
E o teu poema é magnífico. Gostei mesmo muito.
Mena, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Gosto que te escrevas...
Gosto mesmo muito.
Beijos, Mena!
Aqui está algo que desconhecia de ti, amiga, e tu escreves bem, gostei muito..
Bj
Ana S
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