Imagino as tuas mãos
A percorrerem o meu corpo
A deterem-se nas curvas
sinuosas
De um caminho tortuoso
Pleno de mistérios por
desvendar
Adivinho o calor dos teus
lábios
Quando tocam nos meus
Sabem a sol, a mel
A polpa de fruta exótica
Nascida de flores
selvagens
Sinto o teu coração bater
contra o veludo do meu
seio
Em latejos descompassados
Como a arritmia da rima
Dos versos que para ti fiz
A minha pele de seda
pálida
Funde-se na tua a arder,
Estátua em pedra talhada
Que com cinzel de aço
esculpi
O teu corpo unido ao
meu...
Oh, mas...
Deixa dizer-te versos
d’amor
Ciciados ao teu ouvido
Deixa-me aspirar o teu
perfume
Resvalar no cetim do teu
corpo
Adormecer, amor, no teu
regaço.
Mena
Mena
5 comentários:
Li-o com os cinco sentidos!
Magnífico!
parabéns.
Beijos.
Tão bonito, professora!
Bj
Joana
Olá, professora!
Afinal, faz-nos escrever poemas, mas também "verseja" como gosta de dizer: "Vamos lá então versejar"!
Adorei ser sua aluna!
Beijinhos e boas turmas para o ano
Ah, o seu poema é lindo e já sei que não é preciso estarmos apaixonadas para escrevermos coisas bonitas, não é professora?
Catarina
Que lindo... e que sensibilidade a tua!
E como o desejo pode transformar-se, nas tuas palavras, em algo de lindíssimo... que efectivamente é!
Parabéns e muitos beijinhos,
Dizer versos de amor assim, não é para qualquer um. Só para quem é poeta crescida como tu.
Mena, o poema é excelente e gostei mesmo muito.
Beijo, querida amiga.
Enviar um comentário