quinta-feira, 21 de junho de 2012

Imagino as tuas mãos




Imagino as tuas mãos
A percorrerem o meu corpo
A deterem-se nas curvas sinuosas
De um caminho tortuoso
Pleno de mistérios por desvendar

Adivinho o calor dos teus lábios
Quando tocam nos meus
Sabem a sol, a mel
A polpa de fruta exótica
Nascida de flores selvagens

Sinto o teu coração bater
contra o veludo do meu seio
Em latejos descompassados
Como a arritmia da rima
Dos versos que para ti fiz

A minha pele de seda pálida
Funde-se na tua a arder,
Estátua em pedra talhada
Que com cinzel de aço esculpi
O teu corpo unido ao meu...

Oh, mas...

Deixa dizer-te versos d’amor
Ciciados ao teu ouvido
Deixa-me aspirar o teu perfume
Resvalar no cetim do teu corpo
Adormecer, amor, no teu regaço.



Mena


5 comentários:

Mona Lisa disse...

Li-o com os cinco sentidos!

Magnífico!

parabéns.

Beijos.

Anónimo disse...

Tão bonito, professora!



Bj


Joana

Catarina S. F. disse...

Olá, professora!


Afinal, faz-nos escrever poemas, mas também "verseja" como gosta de dizer: "Vamos lá então versejar"!
Adorei ser sua aluna!


Beijinhos e boas turmas para o ano


Ah, o seu poema é lindo e já sei que não é preciso estarmos apaixonadas para escrevermos coisas bonitas, não é professora?

Catarina

mfc disse...

Que lindo... e que sensibilidade a tua!
E como o desejo pode transformar-se, nas tuas palavras, em algo de lindíssimo... que efectivamente é!
Parabéns e muitos beijinhos,

Nilson Barcelli disse...

Dizer versos de amor assim, não é para qualquer um. Só para quem é poeta crescida como tu.
Mena, o poema é excelente e gostei mesmo muito.
Beijo, querida amiga.