No final do século XIX, o mundo apresenta-se bastante confuso. Assiste-se a descobertas científicas que revolucionam as ideias e provocam alterações de valores e de crenças, observando-se também conflitos, devido à competição económico-militar e ao advento do operariado. Todos estes factores desencadearão uma crise social e originarão as duas grandes guerras do século XX.
No fim do século XIX expressam-se inquietações na arte e na literatura. Coexistem várias correntes estéticas e anunciam-se outras que se imiscuem no Romantismo ou no Realismo, ou até se apresentam como contraditórias. Todavia, e embora opostos, o Realismo/Naturalismo e o Modernismo (na base do qual está o Parnasianismo e o Simbolismo) recusam o Romantismo.
Prolifera a produção literária e surgem nomes sonantes em todos os modos literários. É o caso de Baudelaire, Anatole France, Marcel Proust, ou Verlaine, Malarmé, Rimbaud e Valéry (simbolista), em França, ou Oscar Wilde, em Inglaterra.
Também em Espanha se salientam nomes como Miguel Unamuno, António Machado e Ramón Jiménez.
Em Portugal destacam-se Cesário Verde (parnasiano), Eugénio de Castro e Camilo Pessanha (simbolistas).
O Impressionismo ressalta na arte e distancia-se do realismo ao revelar-se mais pessoal. Esfuma-se a fronteira entre o objectivo e o subjectivo como Manet, abrindo caminho aos impressionistas Monet, Renoir, Sisley, entre outros, que são considerados precursores de Cézanne, Gauguin, Van Gogh, já anunciadores do simbolismo, movimento que considera possível trazer à consciência os sonhos e os estados de alma, através das cores e das imagens. Como representantes do Simbolismo e do Impressionismo estão homens como Sérusier, Bonnard, Munch...
Esta estética surge representada em Portugal por Sousa Pinto, Columbano, Silva Porto.
Situação política e social
Do ponto de vista económico-social, a época em que Cesário Verde viveu, a segunda metade do século XIX, é marcada por vários acontecimentos:
O contexto cultural
Do ponto de vista cultural e estético-literário, esta segunda metade do século XIX é dominada pelo:
No fim do século XIX expressam-se inquietações na arte e na literatura. Coexistem várias correntes estéticas e anunciam-se outras que se imiscuem no Romantismo ou no Realismo, ou até se apresentam como contraditórias. Todavia, e embora opostos, o Realismo/Naturalismo e o Modernismo (na base do qual está o Parnasianismo e o Simbolismo) recusam o Romantismo.
Prolifera a produção literária e surgem nomes sonantes em todos os modos literários. É o caso de Baudelaire, Anatole France, Marcel Proust, ou Verlaine, Malarmé, Rimbaud e Valéry (simbolista), em França, ou Oscar Wilde, em Inglaterra.
Também em Espanha se salientam nomes como Miguel Unamuno, António Machado e Ramón Jiménez.
Em Portugal destacam-se Cesário Verde (parnasiano), Eugénio de Castro e Camilo Pessanha (simbolistas).
O Impressionismo ressalta na arte e distancia-se do realismo ao revelar-se mais pessoal. Esfuma-se a fronteira entre o objectivo e o subjectivo como Manet, abrindo caminho aos impressionistas Monet, Renoir, Sisley, entre outros, que são considerados precursores de Cézanne, Gauguin, Van Gogh, já anunciadores do simbolismo, movimento que considera possível trazer à consciência os sonhos e os estados de alma, através das cores e das imagens. Como representantes do Simbolismo e do Impressionismo estão homens como Sérusier, Bonnard, Munch...
Esta estética surge representada em Portugal por Sousa Pinto, Columbano, Silva Porto.
Situação política e social
Do ponto de vista económico-social, a época em que Cesário Verde viveu, a segunda metade do século XIX, é marcada por vários acontecimentos:
- rápido aumento populacional das cidades provocado pelo êxodo rural;
- bipolarização do país: civilização das cidades e atraso do campo;
- nascimento do proletariado urbano;
- falta de organismos de protecção social, quer a nível da saúde (a tuberculose atinge vastas camadas da população), quer a nível das situações de desemprego;
- contraste acentuado entre ricos e pobres, entre governantes e governados;
- desenvolvimento contraditório e desumanizado da cidade: os candeeiros a gás e a electricidade, a água canalizada a par das ruas de terra batida, mal-cheirosas e escuras, a falta de higiene e uma precária saúde pública;
- expansão do sector terciário, pelo desenvolvimento industrial e comercial;
- crescente desenvolvimento dos transportes e vias de comunicação;
- aparecimento dos bairros burgueses e dos subúrbios populares;
- nascimento e propagação da causa republicana e dos movimentos operários de inspiração socialista, consequência do clima de descontentamento político-social que dominava o país;
- despertar do anticlericalismo.
O contexto cultural
Do ponto de vista cultural e estético-literário, esta segunda metade do século XIX é dominada pelo:
- analfabetismo da população superior a 80%;
- desprezo dos políticos e intelectuais pelas raízes culturais e pelo povo;
- gosto da burguesia por uma poesia sentimentalista e grandiloquente;
- papel preponderante da Geração de 70, em especial de Antero de Quental, cultor, ainda, de uma poesia romântica, mas revelando já uma faceta de empenhamento social;
- realismo e posterior evolução para o naturalismo no romance, em particular o de Eça de Queirós;
- surgimento da técnica impressionista da apreensão do real quer na literatura, quer na pintura;
- aparecimento do quotidiano e das questões sociais na criação artística (literatura e pintura).
1 comentário:
eu queria saber umas caracteristicas que tornam essa imagem parnasiana, poderia me esclarecer?
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