segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cesário Verde

Cesário Verde nasceu a 25 de Fevereiro de 1855 em Lisboa, cresceu no seio de uma família burguesa dedicada ao comércio de ferragens, repartindo a sua existência entre a cidade e o campo.
Matriculou-se no curso de Letras da Universidade de Lisboa, mas desistiu, indo trabalhar para a loja de ferragens de seu pai, na Baixa. Procurou debruçar-se sobre a realidade que o rodeava e, por isso, voltou-se para a poesia, chegando mesmo a publicar alguns poemas, em jornais e revistas.
A crítica literária não lhe poupou fortes críticas e a sua poesia despojada de artifícios e traços sentimentais não foi bem recebida. Debilitado pela tuberculose foi viver para a quinta de seus pais em Linda-a-Pastora. Faleceu aos 31 anos sem ter visto a sua obra publicada.
Os jornais da época pouca ou nenhuma referência fizeram à sua morte. Em A Ilustração disse Mariano Pina sobre a sua obra: "A minha geração perde em Cesário Verde um dos seus espíritos mais originais e mais nobres. Não foi um grande artista que morreu. Morreu o embrião de um grande artista, cujo talento estava destinado a marcar uma época, a triunfar ruidosamente de tudo e de todos!"


Se eu não morresse,
nunca! E eternamente
buscasse e conseguisse
a perfeição das cousas!

Cesário Verde






Certo dia, um cliente da loja de ferragens do pai de Cesário Verde enviou-lhes uma carta em forma de insulto. Cesário não se fez rogado e respondeu-lhe também em carta:
“...advirto-o que sou um homem de letras antes de ser negociante e que o meu gosto literário é muito exigente. Nem todos os autores me agradam. Rogo-lhe por isso que me poupe à leitura das suas insuportáveis lucubrações mercantis.”.

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